Sob a perspectiva dos Direitos Humanos, a Psicologia do CRDH/FURG prioriza a relação indivíduo-sociedade, através da prevenção de situações de risco, por intermédio do desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo e o fortalecimento de seus vínculos familiares e comunitários. Pautada na Psicologia Social Crítica, considera o estudo da identidade humana sob o enfoque do sintagma identidade-metamorfose-emancipação. Nessa concepção, para que se tenha uma visualização da intervenção ancorada na realidade empírica, entende-se que nas sociedades contemporâneas, os processos de formação e transformação humana ocorrem em contextos atravessados pela dialética regulação/emancipação.
O trabalho é mediado pelos seguintes procedimentos: entrevista individual; orientações, atendimentos e encaminhamentos de questões psicossociais; visitas domiciliares; acompanhamento psicossocial; avaliação psicológica, psicodiagnóstico e encaminhamento para os órgãos competentes. A Psicologia no contexto dos Direitos Humanos não só assume um campo de atuação possível, mas também responde a uma demanda real com a qual se comprometeu. Isto se dá tendo em vista as autênticas possibilidades de uma atuação concreta, legítima e necessária com intervenções diretivas no resgate de sujeitos mais ativos em seu meio social, e, para o qual, a cidadania e autonomia constituem parâmetros norteadores promovendo o desenvolvimento e a transformação destas comunidades.
A realidade do fenômeno de vulnerabilidade, atrelada a uma série de outros fatores, tem alto impacto sobre a construção da subjetividade dos sujeitos, com comprometimento dos processos de construção de identidades e do desenvolvimento psicossocial. Nesse escopo, as ações desenvolvidas pela Psicologia do CRDH pretendem através do trabalho individual e coletivo, minimizar as situações de risco marcadas pelas demandas atendidas que refletem as consequências da exclusão social.
Cíntia Serpa da
Rosa – Psicóloga do CRDH/FURG
0 comentários:
Postar um comentário